sábado, 10 de agosto de 2013

Coruña: trabalhos de Hércules


Manhã de acordar mais cedo. Trabalho quase hercúleo visitar a Torre de Hércules na Coruña. No caminho um circunstante tocava a tradicional gaita de foles por umas moedas.
O lugar simboliza várias lendas. Todas de afirmação guerreira. Claro que o que hoje se enxerga é o que surgiu e foi sucessivamente reconstruído, a partir do século dezoito. Na base estava o farol romano.
Olhando para o longínquo horizonte sente-se a presença dos invasores vindos do Norte e a razão do sentimento independentista galego.
Visto dali percebe-se que há um mundo da cultura mediterrânica, que o ideal grego-romano simbolizou e um outro atlântico feito de bruma e longínquo, apto ao sonho e à viagem. Buscando-se, a Galiza construiu, com verdade ou verosimilhança origem celta, ainda que da língua nada tenha ficado que possa consagrar critério.
Nesse mundo estamos nós, os portugueses e por isso, simbólica, esta inscrição preservada:


Trata-se de Caius Sevius Lupus, arquitecto lusitano de Aeminius [hoje Coimbra] tido por fundador da edificação.

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Fonte da segunda imagem: net.