sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Este parte...


Terra de emigração, a Galiza deu ao mundo tanta força de trabalho que lhe falta. Também a Portugal. Em oitenta anos quase um milhão de galegos emigrou. 
Trabalhadores esforçados, a aceitar as mais humildes funções, ficou na nossa terminologia o «trabalhar como um galego» o sinónimo de trabalhar que nem escravo [ver aqui], no patamar da vida, onde se sofrem as humilhações e desconsiderações dos que do trabalho emigrado usufruem.
Estive no porto de Vigo onde se presta, pela estatuária, uma homenagem comovida a todos quantos partiram na luta pelo pão. A afastar-se, a modesta mala na mão, ei-lo que parte. As lágrimas dos que ficam são a sua "morrinha". A regra é nunca olhar para trás, para que não se parta o coração.